sexta-feira, 28 de outubro de 2011

AVIÕES DA AN E AM - FAIREY III D

O "Lusitânia" em frente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso

  
Preparando a largada do Tejo.
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Descolagem do "Lusitânia" junto à torre de Belém.  
O hidroplano "Santa Cruz" original no Museu da Marinha em Lisboa.  
Selo comemorativo de 1979, do Fairey IIID "Santa Cruz", o avião que completou a travessia do Atlantico Sul.
Fairey III D nº 20, da Aviação Naval, ao serviço d0 C.A.N de Macau, sobrevoando Hong-Kong.
O Fairey III D chegou a Portugal em Janeiro de 1922, devido ao interesse da Marinha em experimentar o lançamento de torpedos a partir do ar. Entre o primeiro conjunto de três hidroplanos Fairey entregues, havia um especial, o Transatlantic Fairey III D, que o comandante Sacadura Cabral tinha solicitado para concluir a travessia planeada do Atlantico Sul.
O F-400 Transatlantic, denominado "Lusitânia", tinha uma maior envergadura de asa que os outros, um maior alcance em distância e podia transportar dois tripulantes lado a lado. Este foi o avião no qual Gago Coutinho e Sacadura Cabral começaram a sua travessia em 30 de Março de 1922 e que se despenharia perto das rochas de S. Pedro, ao largo da costa do Brasil. O F-401, um III D cujas asas tinham sido expandidas, foi então expedido para Fernando de Noronha para substituir o "Lusitânia". Este avião acabaria também por cair no mar após uma falha de motor. O avião que concluiria a travessia seria um F-402, outro III D, chamado "Santa Cruz", que se encontra em exposição no Museu da Marinha, em Lisboa. Uma réplica do mesmo avião pode ser vista no Museu do Ar em Alverca. Aos modelos F-401 e F-402 foram dadas os códigos 16 e 17. O Lusitânia não teve código por ter sido considerado um avião destinado a uma missão especial.
Em Novembro de 1922 a Aviação Naval obteve mais três Fairey III D, que foram registados com os códigos 18, 19 e 20. Numa emergência, dois destes aparelhos (19 e 20), juntamente com o "Santa Cruz" inaugurariam o centro de Aviação Naval de Macau, localizado na ilha Taipa. Quando a tensão na zona baixou, o "Santa Cruz" regressou a Lisboa, enquando os outros dois ficavam em Macau. O centro de Aviação Naval de Macau foi desactivado em 1933 e quando foi reactivado em 1938, estes dois aviões ainda lá se encontravam, mas já tinham sido oficialmente retirados do serviço em 1930.
O único Fairey IIID adquirido pela Aeronautica Militar, com número de construtor F-779, equipado com trem de aterragem e tanque suplementar de combustivel.

A Aviação Militar também adquiriu um Fairey III D, com trem de aterragem, equipado com o famoso motor Rolls Royce Eagle, tal como os adquiridos pela Aviação Naval, embora este fosse da versão VII e não da versão VIII que equipou os aviões da Aviação Naval. Este Fairey III D, que tinha um tanque de gasolina extra, chegou em 1924 para tomar parte num circuito aereo em Espanha e Marrocos, que teve lugar no Outono de 1925, no qual este avião se estragou irremediavelmente. (Crédito: Museu do Ar e "Os aviões da Cruz de Cristo" Dinalivro)
 
O Fairey III D foi provavelmente o mais famoso da construtora Fairey, fundada por C. R. Fairey em 1915. Era um avião muito versátil podendo ser equipado com um trem de aterragem convencional ou flutuadores. O prototipo do inicial Fairey III foi baseado no hidroplano N.10 de 1917, tendo-se seguido o Fairey III A como avião de reconhecimento e como este devia operar em porta aviões foi equipado com trem de aterragem. Seguiu-se o hidroplano bombardeiro Fairey III B e depois o Fairey III C, um hidroavião bombardeiro, de reconhecimento e de uso geral com dois lugares, equipado com o motor muito fiável e potente Rolls Royce Eagle VIII de 375 hp. A primeira grande produção da Fairey foi o aparelho Fairey III D com 227 unidades, que era um melhoramento do III C, com a possibilidade de levar um terceiro tripulante e capaz de ser equipado com um trem de aterragem convencional ou flutuadores. Voou pela primeira vez em Agosto de 1920 sendo os primeiros aparelhos para a Fleet Air Arm, Australia e Portugal.


Créditos: jfs -ex-ogma.blogspot.com

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