quinta-feira, 1 de março de 2012

A CONQUISTA DO ESPAÇO - A GLÓRIA



A cosmonave Apolo 11, era formada por dois módulos, isto é, dois veículos que, oportunamente, se poderiam separar e voltar a reunir: O Módulo lunar baptizado por «Águia» e o módulo de comando, baptizado de «Colúmbia».A Apolo 11 partira para a Lua depois de impelida pelo foguetão Saturno 5 que após cumprida esta função, dela se separara.
Depois de a cosmonave ter entrado em órbita em redor da Lua, ao realizar a décima terceira órbita, os dois módulos separaram-se. O «Colúmbia», tripulado por Collins, continuou a orbitar a Lua, enquanto o «Águia», tripulado por Armstrong e Aldrin, começou a descer, controlado à custa dos seus propulsores, para a superfície lunar.
O local escolhido para o pouso foi o Mar da Tranquilidade, contudo, Armstrong teve de tomar os comandos manuais do «Águia» porque, a pouco menos de 150 metros de altura sobre a superfície lunar, verificou-se que o comando automático estava a levá-los para um local coberto de pedras e rochedos o que significaria uma catástrofe. Uma vez corrigido o rumo do «Águia», o pouso verificou-se com perfeição. Este facto deu-se no sábado seguinte ao da partida, pelas 16 H 17 m( hora da costa Leste dos Estados Unidos).
Nesse momento no comando terrestre ouviu-se:
(Transcrição da conversa havida entre o comando terrestre e o «Águia»)
- «Houston, aqui Base Tranquilidade. A «Águia» pousou.»
- «Entendido, Tranquilidade» respondeu a base - «Repetimos que pousaram. Vocês conseguiram que um grupo de rapazes ficasse azul. Agora estamos a respirar de novo. Obrigado, muito obrigado!»
Por sua vez Collins, que pilotava o Módulo de Comando Colúmbia, e orbitava a 105 quilómetros acima da superfície lunar aguardando o regresso do «Águia» comunicava:
- «Sim, ouvi tudo». «Fantástico!»
Às 3 H 56m,hora de Lisboa, do dia 21, Neil Armstrong, descia do «Águia» e punha o seu pé na superfície lunar, proferindo nesse momento de glória para a Humanidade as seguintes palavras: - «Este é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco passo para a Humanidade.»
A falta de atmosfera na Lua e de qualquer agente activo de erosão, permite-nos prever, com alguma segurança, que a pegada que Armstrong acabara de imprimir, com o seu pé esquerdo,
O primeiro pé humano que pisou o solo lunar apesar de apenas ter 6 a 8 cm de profundidade, poderá durar 1 milhão de anos pelo menos!
O PRIMEIRO DIÁLOGO DOS HOMENS ENTRE A LUA E A TERRA
H.: Houston
B.L : Base lunar
C: Colúmbia
H: Entendido, Tranquilidade. Repetimos que pousaram. Vocês conseguiram que um grupo de rapazes ficasse azul. Agora estamos a respirar de novo. Obrigado, muito obrigado!
B.L: Obrigado, nós.
H: Vocês têm bom aspecto daqui.
B. L: Pousamos muito suavemente.
H: Águia preparar para t1 ( a primeira fase do programa de actividade na Lua) Terminado.
B. L.: Entendido. Preparar para T1.
H: Entendido e estamos a vê-los a evacuar o oxigénio
B.L: Entendido.
C: Como é que me escutam?
H: Ele desceu no Mar da Tranquilidade. A Águia está na Base da Tranquilidade.
Ouço-o perfeitamente. Terminado.
C: Sim, ouvi tudo.
H: Bem, foi um belo espectáculo.
C: Fantástico.
H: Concordo com isso
B.L: Concordo com isso
H: Águia, preparar para T2. Terminado.
B.L: Entendido. Preparar para T2. Muito obrigado a vocês.
H: Entendido, comandante.
Comando de Apoio: Permanência por mais dois minutos. A próxima autorização de permanência será por uma órbita.
B.L.: Houston, pode ter parecido uma fase final muito longa, mas o encaminhamento automático para o alvo estava a levar-nos exactamente para uma cratera do tamanho de um campo de futebol com muitos penedos grandes e rochas cerca de um ou dois diâmetros da cratera em volta. E isso exigiu-nos que voássemos manualmente sobre o campo de rochas até encontramos uma área razoavelmente boa.
H: Entendido. Registámos. Foi belo visto daqui, Tranquilidade. Terminamos.
B.L.: Descreveremos os pormenores que há em volta, mas parece uma colecção de todas as variedades de forma, angulosidade, granularidade, de todas as variedades de pedras que se pode encontrar. As cores variam muito, dependendo de como se está a olhar em relação à linha de fase zero. Não parece haver aqui propriamente uma cor geral. No entanto, parece que algumas das pedras e penedos, dos quais há muitos na área próxima -parece que devem ter algumas cores próprias interessantes. Terminado.
H: Entendido. Registamos. Parece-nos bom. Tranquilidade. Vamos deixá-los proceder à contagem decrescente simulada e depois falaremos. Terminado.
B.L.: Okay, este um sexto de G é mesmo como um aeroplano.
H: Entendido. Fiquem sabendo que há muitos rostos sorridentes nesta sala e em todo o Mundo. Terminado.
Nota. Este é apenas um pequeno trecho do longo diálogo entre a base na Terra e a base na Lua, no qual, às vezes intervinha a «Columbia» que entretanto, circulava em torno da Lua.
O REGRESSO

No dia 21 de Julho, às 13 horas e 55 minutos (hora da costa Leste dos E.U.) o «Águia» à custa dos seus próprios propulsores, arrancou da superfície lunar, indo à procura do módulo de comando «Columbia» que nessa altura realizava a sua 25ª órbita em torno da Lua.
Às 17 e 35, o «Águia», voltou a unir-se ao «Columbia». Seguidamente Armstrong e Aldrin regressara, pelo túnel de ligação, ao «Columbia» e este, depois de ejectar o «Águia», que ficou a circular em torno da Lua, abandonou a órbita lunar pelo efeito de arranque dos seus poderosos jactos auxiliares e rumou á Terra retomando, nesse sentido agora, o voo em trajectória por inércia.
Às 12 e 22 de quinta-feira, a cápsula, depois de se libertar do módulo de serviço (o conjunto que formara o «Colúmbia») a uma altitude de 120 km sobre a superfície do nosso planeta, penetrava na atmosfera a mais de 38 400 quilómetros/hora e descia, suavemente, depois de travada pelo efeito aerodinâmico sobre os respectivos pára-quedas, a um quilometro e meio a Sudoeste de Havai, sobre as águas do oceano Pacífico.
Pouco depois foi a apoteose da chegada, em helicóptero, a bordo do porta-aviões «Hornet» onde os aguardava o Presidente Nixon.
Os cosmonautas traziam com eles vinte e quilogramas de rochas e amostras do solo lunar.
Na Lua, a expedição, entre muitas outras coisas, deixou ema chapa com os seguintes dizeres gravados:
Aqui, homens do planeta Terra pela primeira vez puseram os pés na Lua- Vieram em paz, por toda a Humanidade.
A Humanidade acabava de franquear a era das viagens espaciais.
Foi então erguido o mais significativo “estandarte” da História do Homem no Mundo - os emblemas do «Águia e da «Apolo-11» com o seguinte dístico:
Missão cumprida. Julho de 1969

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