sexta-feira, 8 de junho de 2012

NORTH-AMERICAN F-86F

O projecto do North-American F-86F Sabre tem as suas raízes no período da Segunda Grande Guerra quando em 1943, se desenvolveram tentativa de transformar o P-51 Mustang num caça de reacção. 
O voo inaugural do ainda P-86 realizou-se a 1 de Outubro de 1947. Desde essa data, sobreviveriam muitos problemas iniciais até se tornar, a partir de 13 de Dezembro de 1950, no principal caça da USAF em plena Guerra da Coreia. 
Vários melhoramentos foram sendo introduzidos ao longo da sua história, os quais se traduziram em diferentes versões. Este avião veio equipar componente da Força Aérea Portuguesa. As primeiras aeronaves (4) chegaram a 25 de Agosto de 1958 à Base Aérea 2 (B.A.2), localizada na Ota, destinadas a a equipar a Esquadra 50 Falcões. 
O primeiro voo de um piloto português num F-86F ocorreu no dia 22 de Setembro de 1958, pilotado pelo capitão Sousa Pinto. Dois dias depois, o mesmo viria a ser o primeiro a quebrar a barreira do som, ainda que em voo picado. Este acontecimento era, até à época, inédito em território nacional. 
Os crescentes problemas em África levaram à constituição, em Agosto de 1961, de um destacamento composto por oito F-86F no AB2, Bissalanca, na Guiné Bissau. Durante a sua permanência na Guiné, estes aviões realizaram várias de ataque missões de ao solo e missões apoio aéreo. Nesse período, perderam-se duas aeronaves, uma na sequência de um acidente e outra devido a fogo hostil. Uma terceira seria muito danificada por fogo inimigo. 
Devido à pressão exercida pelos EUA e outros países da Nato, argumentando que as aeronaves só poderiam ser empregues em missões no âmbito do Tratado do Atlântico Norte, o destacamento terminou em Outubro de 1964 com o regresso do aparelhos, desta vez transportados. 
Depois da retirada dos Sabres da Guiné, a Força Aérea ainda tentou comprar mais aviões destes na Alemanha em segunda mão, mas acabaria por comprar o FIAT G91. Em 1974 existiam cerca de 25 Sabres em serviço, numero que diminui para 12 em 1978, ano em que uma nova reestruturação na Força Aérea levou à extinção do GO 501 e respectivas esquadras e à constituição do Grupo Operacional 51, com a redesignação da Esquadra 51 para a Esquadra 201. 
Os últimos 10 aparelhos mantiveram-se ao serviço em Portugal até 31 de Junho de 1980, tornando-se Portugal o ultimo país ainda a utilizar o Sabre na NATO. A história prosseguiria, à falta dos F-5E Tiger ll, com o Corsair ll
Créditos: Euro Impala/Força Aérea Portuguesa