sexta-feira, 7 de abril de 2017

A BASE AÉREA Nº6 MONTIJO / ALTERNÂNCIA A LISBOA


Parece já não haver dúvidas que a Base Aérea Nº6 (BA6) Montijo, Vai servir de apoio e alternativa ao Aeroporto General Humberto Delgado Lisboa, quase e ainda bem, a «rebentar pelas costuras”. Impõe-se pois uma solução que passará pela adaptação da BA6.Parece-me bem!
Ao contrário de outros megalómanos ou megalomanias de outros tempos, (construção de raiz de um novo aeroporto), o Governo decidiu e bem em meu entendimento, aproveitar as infraestruturas aeronáuticas da BA6 às portas de Lisboa, para solucionar um importante problema com uma incomensurável redução de custos.
Terão que acontecer múltiplos ajustamentos na BA6, cujos custos e ações serão incomparavelmente diferentes dos que a construção de um novo aeroporto exigiria.
Solucionada terá também que ser a coabitação entre os« sistemas de armas» da Força Aérea Portuguesa (FAP) a operar na BA6, com a nova filosofia e operação comercial.

Em minha modesta opinião, a Ex. Base Aérea nº.3-Tancos (BA3), completamente sub aproveitada em termos aeronáuticos, há mais de vinte anos, pois o Exército Português a quem foi entregue, nunca conseguiu dispor de nenhum meio aéreo, razão pela qual aquela infraestrutura lhe foi entregue.
Recorde-se que a BA3 foi entregue ao Exército aquando a grande remodelação das Forças Armadas em geral e da FAP em particular, também decorrente da saída dos Alemães da BA11-Beja.
A BA3 aparece neste contexto e como alguém já escreveu, como uma solução de «chave na mão”. O avião C130 em fim de ciclo, bem como a 295 aeronave moderna recentemente adquirida, podem operar sem qualquer limitação a partir da BA3.Igualmente poderá operar o KC390 se essa for a escolha para substituir o generoso «hércules».
Creio que os helicópteros Lynx MK95 da Marinha não causarão grandes incompatibilidades com o tráfego civil, bem como os Falcon 50 que operam normalmente a partir de Figo Maduro.
A Ida de duas aeronaves pesadas e multi funcionais para a Ex BA3, apresenta-se ainda benéfica tendo em conta a existência do polígono Militar de Tancos. O posicionamento da Brigada de Reação Rápida, o Regimento de Paraquedistas, a Engenharia Militar, bem como o Campo Militar de Santa Margarida, constituem motivos mais que suficientes para que a partir da BA3 as aeronaves de transporte aéreo tático e outras missões, possam ser sediadas na ex.BA3 Tancos.
Refira-se para além do que precede, que Tancos ao contrário de Montijo, não tem restrições de sobrevoo, podendo constituir privilégio para a manutenção de qualificação de tripulações, para além das normais missões de cariz operacional.
Falta na realidade equacionar a situação do ponto de vista operacional do helicóptero EH101,uma aeronave de inegável importância no contexto da busca e salvamento, que certamente a FAP não deixará de propor soluções.
O caminho está aberto, o rumo está traçado, a solução é boa, o castelo de Almourol vai de novo sentir os «pássaros de ferro» o país fica dotado por vários anos de capacidade de transporte aeronáutico, poupando muitos milhões.
As populações ribeirinhas e não só, daquela parte do Ribatejo, vão agradecer, pois a deslocação de meios e pessoas para a zona, trará certamente um novo incremento à economia local.
«EM FRENTE MARCHE»


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