quinta-feira, 27 de julho de 2017

ESTEVE NA LUNDA

UM DOS FILHOS DE HENRIQUE DE CARVALHO ESTEVE NA LUNDA.
Assim informava o Jornal da Lunda de Setembro de 1971 e que passamos a transcrever.


O senhor Coronel João Augusto Noronha Dias de Carvalho, filho do Gen. Henrique Dias de Carvalho, veio em romagem de saudade até Angola, visitando especialmente a Lunda, região onde seu pai marcou inconfundível presença entre 1884-1888.
Depois de passar alguns dias no Dundo, rodeado de mil atenções pelos representantes da Diamang, chegou à capital do distrito em 12 de Setembro. No aeroporto foi aguardado pelo Presidente da Câmara Municipal, Comandante da PSP, Secretário do Governador do Distrito, Director da Fazenda, Inspector Escolar, Directores da Repartição Escolar, Escola Preparatória, Escola de Professores de Posto, Junta Autónoma das Estradas e por uma representação de comerciantes.
Envergando a sua farda militar, com o peito recamado de medalhas, o Sr. Coronel João Augusto Noronha Dias de Carvalho, logo que desceu do avião, não pode esconder uma certa emoção ao receber os cumprimentos dos habitantes de Henrique de Carvalho.
Na residência do Governador foi-lhe oferecido um almoço intimo. 
Pelas 16 horas, o Sr. Coronel assistiu na aldeia de Nanguanza ao batuque da Mulanda.
Pelas 18 horas, jantou no Palácio do Governador do Distrito rodeado por um grupo de convidados.
Na segunda-feira 13, depois de uma visita pelos subúrbios da cidade, foi recebido às 11 horas, na Escola Preparatória que tem como patrono Henrique de Carvalho, onde se realizou uma Sessão Solene.
Na mesa da presidência o Sr. Coronel João Augusto Noronha Dias de Carvalho, estava ladeado pelo Presidente da Câmara Municipal, Comandante da PSP, Superior da Missão Católica e pelo Director da Escola.
Apesar de ser ainda tempo de férias, a sala encheu-se alunos, que ao terem conhecimento da estadia de um filho de Henrique de Carvalho na capital do Distrito, quiseram vê-lo de perto, saudá-lo. Juntaram-se à numerosa representação de gente adulta que acorreu à Escola, abriram alas nos corredores, bateram palmas e espalharam sorrisos de contentamento dando uma nota de ternura à homenagem que a cidade, por intermédio da Câmara Municipal, quis prestar ao filho do grande General pacificador da Lunda.
A abrir a secção, o Director da Escola evocou a figura heróica de Henrique de Carvalho, referindo, depois, a tradição militar da família, terminando por enaltecer o Coronel 
João Augusto Noronha Dias de Carvalho, várias vezes galardoado ao longo de uma brilhante carreira militar.
Seguidamente, a aluna Maria Margarida Wilton Pereira, em nome da Câmara Municipal, fez entrega ao homenageado de uma fotografia emoldurada do Monumento a Henrique de Carvalho erigido nos jardins da cidade.
Por fim, o Sr. Coronel levantou-se para agradecer. As suas palavras foram escutadas com religioso interesse por todos os presentes.
Ao terminar, anunciou que na abertura solene das aulas, na Escola Preparatória, vai ser entregue um prémio nacional ao aluno mais classificado instituído por si próprio há cerca de 10 anos.
Ás 13 horas, no Hotel Central, reuniram-se cerca de 40, com o Governador do Distrito à frente, em almoço de confraternização.
Na altura dos brindes, usou da palavra o Sr. Manuel dos Santos Pereira dizendo quanto a cidade se sentiu honrada com tão ilustre visita. Em nome dos comerciantes, entregou, depois, ao Sr. Coronel um objecto decorativo.
Pelas 17 horas, aos pés do monumento a Henrique de Carvalho, o filho rigorosamente fardado, e na presença do Governador, Major Soares Carneiro, dos Comandantes Militares e da PSP, de vários oficiais, sargentos e praças, chefes de Serviço e de uma representação da população civil, colocou um ramo de flores.
Seguidamente foi rezada missa por alma do General Henrique de Carvalho.
Na terça-feira, dia 14,  no avião da DTA, o Sr. Coronel partiu, rumo a Malange, tendo afectuosa despedida no aeroporto onde se juntou um público que sempre caprichou em ser hospitaleiro. 


quinta-feira, 20 de julho de 2017

AEROPORTO COMANDANTE "PERIGOSO"



Mas afinal quem foi o comandante Dangereux, que dá o nome ao novo aeroporto de Luena, ex-Luso?

Paulo da Silva Mugongo, nasceu a 10 de Julho de 1947, na comuna do Muié, município dos Luchazes, província do Moxico onde fez a instrução primária na escola desta localidade. No Luso, entre os amigos da época, era conhecido por Silva "Perigoso".
O comandante "Dangereux" como era conhecido nos anos 70, era o comandante chefe das tropas do MPLA na zona do Moxico.

O comandante "Dangereux", segundo J. Corredeira: "Era na altura que estive no Leste, o comandante chefe das tropas do MPLA na zona do Moxico. Actuava essencialmente na zona do Lumeje, Léua, Casage, Luacano, quase sempre na zona junto ao caminho de ferro.
A sua mulher (Domingas Kalunga Albino), enfermeira, foi um dia capturada pelos comandos.
Coube-me a mim a missão de transportar um jornalista Sul Africano, que se deslocou ao Léua (?), para tirar umas fotos à prisioneira, mas, só fotos com a mulher a sorrir.
Assisti à sessão fotográfica , com curiosidade e alguma revolta.
A esposa do comandante "
Dangereux" mostrou um carácter e personalidade fora do comum. Só de uma "maneira" especial um sargento comando obrigou a prisioneira a sorrir, ainda que o tenha feito com total desdém .
Teve o afortunado jornalista, a sua foto de guerra para publicar num qualquer jornal . A legenda imagino: "guerrilheiros vivem felizes no meio das tropas portuguesas".
De regresso ao Luso, debaixo de uma chuva torrencial, questionei o jornalista sobre a maneira como aceitou tirar a foto. Deu-me resposta " contundente"! Vocês estão em guerra !!!
Fiquei a saber naquele dia que estava em guerra, mas fiquei também a conhecer mais um cretino!
Passando por cima da minha ironia, que diabo!!! Estávamos em guerra mas o prisioneiro era uma mulher!"

Também P. Dinis, nos relata: "A tropa dele um certo dia prendeu o Sarg. Duarte. Quando a notícia chegou ao AR, o nosso comandante de Esquadra, furioso foi à Delegação do MPLA, entrou pelo gabinete dele e depois de uma "conversa interessante", o Duarte foi libertado e regressou ao AR com o Capitão."

O comandante Paulo da Silva Mugongo "Dangereux", foi o primeiro chefe do Estado-Maior da então Frente Leste (Região Militar Leste), foi membro do Comité Central do MPLA, membro do Estado-Maior das FAPLA e do Conselho da Revolução.
Foi morto em Luanda em 27 de Maio de 1977, aquando da "revolta" do denominado grupo fraccionista, encabeçada por Nito Alves e Van Dunen. O seu corpo e de mais 7 "fraccionistas", foram encontrados carbonizados num jipe e numa ambulância, no dia 28, na zona da Boavista.



sexta-feira, 14 de julho de 2017

CONSELHO ADMINISTRATIVO DO AERÓDROMO BASE Nº.4

O AB4 em 1966

O Aeródromo-Base n.° 4 foi criado por Portaria n.° 19009, de 5Fev62, com localização em Henrique de Carvalho, hoje Saurimo, no Distrito de Luanda, em Angola. Os efectivos da Unidade foram fixados pela Portaria n." 19020, de 12Fev62, que previa a atribuição de um oficial do Quadro IC com o posto de capitão ou subalterno.
Com esta mesma designação dada ao AB4, chegou a ser prevista a organização de uma Unidade na Ilha do Sal, em Cabo Verde, segundo os estudos de 1959 que deram lugar à publicação de uma Portaria (Portaria 16993, de 12Jan59) onde tal constava. Como sabemos, houve posteriormente uma revisão do dispositivo e por ela atribuído ao Arquipélago de Cabo Verde, para activação na Ilha do Sal, do Aeródromo de Trânsito n.° l e decidida a criação do Aeródromo-Base n.° 4, em Henrique de Carvalho.
Assim se concretizou.
O AB4 foi organizado em 1963, chegando o respectivo Comando a assumir funções em sede provisória na cidade de Luanda e a funcionar nas instalações do Comando da 2ª. Região Aérea, nesta cidade.
Porém, esta situação foi de curta duração, porquanto, passado meses já funcionava em Henrique de Carvalho.
O Conselho Administrativo da Unidade também foi activado em Luanda, a 22Mai63, mas a 16 de Julho imediato já havia sido transferido para Henrique de Carvalho. No acto da sua activação tinha a seguinte composição: Presidente: Maj. Pilav António Carita Silvestre; Chefe da Contabilidade: Alf. IC João Eduardo Melo de Oliveira Sobral Costa; Tesoureiro: Alf. Mil. SG Manuel Pedro Mega Mesquita Lemos.
Por este Conselho Administrativo passaram diversos oficiais IC que citamos, para além do então Alferes Sobral Costa já referido e que se manteve nas funções até 17Nov63: Alf. Henrique José Grande Candeias (18Nov63 a 18Nov65); Ten. Carlos Jorge Lobo da Fonseca (19Nov65 a 2Set68): Cap. José Carlos Miranda Vieira (3Set68 a 25Mai71); Cap. Júlio Pires Ribeiro (26Mai71 a 24Jul72); Cap. Mário José Silva Ascenção (desde esta última data até Novembro de 1974) e Cap. Manuel António Lourenço de Campos Almeida (27Nov74 a 30Jun75).
O Conselho Administrativo foi extinto reportado a 31Dez74 e a partir dessa data constituiu-se uma Secção de Intendência que se manteve em actividade, até ao encerramento da Unidade, sob a chefia do Ten. Mil. Victor Santos Nunes.
AM43 - Cazombo
Esteve prevista a criação de uma Messe de Oficiais e outra de Sargentos para funcionarem em Henrique de Carvalho (Portaria19177, de l1Mai62) mas, certamente por o movimento não o justificar, nunca se passou à sua concretização. Entretanto, desde meados da década de 60 e até ao final da guerra, o maior movimento de pessoal na área incidiu sobre a cidade do Luso, como consequência das operações se desencadearem mais para Sul e Leste. Como nesta cidade existia uma Messe do Exército e foram inicialmente conseguidas outras facilidades para alimentação e alojamento do pessoal, nomeadamente, através de contratos com entidades particulares (Pensão Nobre), a questão de abertura de uma Messe da FA nunca se pôs.
Esta Unidade participou no esforço de guerra com intervenção operacional por toda uma vastíssima área de Angola compreendendo todo o Leste, ou seja, os Distritos de Lunda; Moxico e Cuando Cubango e onde se localizavam diversos aeródromos como Camaxilo, Teixeira de Sousa, Cazombo, Luso, Cuito-Canavale, Gago Coutinho, Luiana, em plenas "Terras do Fim do Mundo", etc.
A activação da luta no Leste, iniciada por volta de 1966, teve como consequência o redobrar das responsabilidades do AB4 e a criação do Comando Aéreo do Leste na cidade do Luso (hoje Luena). Como já dissemos, o peso operacional do AB4, deslocou-se, então, mais para Sul e o respectivo CA chegou a organizar uma Secção no Aeródromo do Luso, directamente sua dependente, para corresponder às necessidades sentidas no local.
Messes em 1969
No AB4 foi activada e mantida uma Cantina com razoável dimensão.
A Unidade também organizou uma exploração agro-pecuária.
Pretendeu-se com esta exploração suprir as deficiências no mercado local, mas não obstante o apreciável contributo nesse sentido, não impediu que alguns abastecimentos tivessem que seguir de Luanda. A actividade recaiu sobretudo na produção de frutos e hortaliças e criação de gado (bovino, caprino, ovino e suíno) e de aves para abate e produção de ovos.
Outra exploração com interesse foi a de cinema, muito frequentado e funcionando em regime de concessão dada a uma firma distribuidora de filmes.
A exploração mais curiosa, por original, foi a que abrangeu uma fábrica de cerâmica. A Cerâmica foi herdada da Delegação da Direcção do Serviço de Infraestruturas em Agosto de 1965, que a tinha instalado e explorado para satisfação das necessidades próprias sentidas com as obras e construções que executou na área. Esta Cerâmica não só abasteceu a FAP em tijolos, como supriu as necessidades locais do Exército e até do Governo do Distrito.
É digna de referência a Secção de Subsistência construída no AB4. Foi montada com largueza e equipada com moderno material e funcionando em condições que uma Unidade de maiores efectivos não desdenharia. O seu sub-aproveitamento, resultante da ocasião em que ficou pronta e da dimensão com que foi concebida, é a nota discordante a registar.
Esta Unidade foi construída num estilo diferente das restantes da Região Aérea. Notava-se menor emprego de pré-fabricados e uma melhora adaptação das edificações às exigências climatéricas. Julgamos deverem-se estas características ao facto de ter sido a última Unidade a construir-se, tê-lo sido sem pressas e a preocupação de aproveitar a experiência anterior ter estado, ao que parece, na mente de quem a concebeu e construiu.
Comando, alojamentos e ao fundo as novas messes, em 1975

No início de 1975 o Conselho Administrativo foi desactivado.
Na ocasião, comandava a Unidade o Cor. Pilav Joaquim Vito Corte-Real Negrão. 
Quando a Unidade encerrou, comandava-a o Maj. Pilav José Bernardo Fermeiro.


Pelo Coronel IC Velho da Costa
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sexta-feira, 7 de julho de 2017

SAUDADES DA BASE AÉREA Nº.3 TANCOS

Chegamos!
Trouxemos Tejo e Tancos no coração,
Ficamos!
Aqui Alentejo terra ardente,
Continua a missão.



Estas palavras em jeito de rima e metricamente desalinhadas podem representar o que foi a grande reorganização da Força Aérea Portuguesa (FAP) no início da década de noventa. Foi o Major Rui Mateus ao tempo, 1992, Comandante da Esquadra 552 ALIII, que me desafiou para as escrever, simbolizando a nossa saída de Tancos para Beja, onde continuaríamos a operar o velhinho e generoso ALIII. Passados 23 anos, ainda lá continuam em grande destaque.
Na realidade, face à entrega por parte Governo Alemão da Base Aérea 11 em Beja, da passagem do Corpo de Tropas Paraquedistas para o Exército e a extinção de operação da BA3 por parte da FAP, muito mudou nos sistemas de armas e na vida daqueles que os operavam.
Relativamente à BA3 e como atrás referi os helicópteros ALIII começaram a operar a partir de Beja, e o Aviocar C212 a partir da BA1 Sintra. A BA3 fica assim liberta dos dois sistemas de armas e é iniciado o processo de entrega ao Exército, a fim de constituir uma unidade de elite daquele ramo das forças armadas.
Por ordens superiores marchei de Tancos para Beja dois meses antes da previsão de chegada dos helicópteros, a fim de coordenar tudo o que estava relacionado com a operação dos mesmos. Como me senti triste sem eles os helicópteros, e todo o pessoal que os operava. Envolvi-me em tarefas nunca antes desenvolvidas. Adaptei-me Ao calor Alentejano, fui-me ajustando à alteração das cores da paisagem, bem como a ausência do Tejo. Queria de forma rápida coordenar tudo para que as máquinas e seus operadores pudessem vir, já que estava assumido que tinham mesmo que vir. Sentia-me só com saudade das máquinas e seus operadores. Dois longos meses de trabalho e quase isolamento, pois não tinha muito conhecimento da Base nem do pessoal que lá prestava serviço.
Criadas as condições para a chegada dos meninos, ei-los! Como me lembro de os ver ao longe numa longa formação. Todos prontos, todos a voar pelo próprio «pé”. Eu mesmo com pouco jeito para a sinalética os quis receber um a um na placa em frente ao hangar, que passaria a ser a sua nova casa. Uma pancada na cabine e um cumprimento aos ocupantes. Tinha chegado tudo o que eu precisava. As Máquinas, a minha gente. Foram dez anos nas terras de Pax Júlia! Lá fui utilizando o gerúndio, habituando-me também à sopa de cação, ao borrego, beldroegas, gaspacho e assim.

Depois veio Angola, mais uma vez! Agora sem guerra, muito melhor seguramente. Mais dois anos sem nada ver ou saber de Tancos. Depois, depois como o tempo não perdoa, começou a chegar altura de dar lugar aos outros. Assim aconteceu! Cumpridas que foram as formalidades de aposentação. Por estranho que pareça de Tancos nem um sinal. Ainda hoje me interrogo acerca de tão prolongada separação!
Finalmente no passado dia 17 aconteceu! Depois de 23 anos, Juntei-me a cerca de três centenas de servidores na BA3 e lá fui. Uns bons quilómetros antes comecei a visualizar o serpentear do Tejo que tanto me marcou. Ainda na margem sul já via a Torre de Controlo e os dois marcantes hangares. Aproxima-se a estrutura e aproximavam-se os companheiros para a jornada de convívio.
Junto à porta de armas os abraços prolongados, as perguntas circunstanciais e todo um sentimento de saudade e nostalgia. Muitos cabelos brancos, muitas caras enrugadas. Quase não dava para falar com ninguém pois sempre se vinham aproximando mais e mais querendo abraços e perguntas. Lá fomos base dentro até encontrar a nossa capela onde o Padre Bernardo nosso capelão muitos anos, se preparava para celebrar a indispensável missa. Os olhos andavam mais que as pernas! As modificações, as diferenças, como tudo tinha mudado! Que coisa estranha o que os meus olhos viam! Finda a missa muito marcada pelas sábias palavras do nosso capelão, dirigimo-nos ao Hangar Norte e Torre de Controlo para a foto de grupo.
Quando entrei naquele hangar que foi meu local de actividade durante muitos anos, fiquei como se algo de estranho me tivesse invadido o pensamento. Lá no primeiro andar o gabinete onde tempos e tempos passei a trabalhar quiçá a pensar. Recatos de uma vida. Estava igual, apenas fechado. Queria ver tudo muito depressa! Estranhamente ou não, no hangar nem um daqueles helicópteros generosos que já falei. Apenas pintados nas paredes como deixamos, os emblemas das várias Esquadras da FAP que operaram helicópteros. Não sei a razão de tão grande impulso, mas algumas lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto sem que tenha tido meios para as evitar.
Senti a fraqueza ou não do ser humano, refugiando-me em local mais recatado procurando esconder a minha fragilidade. Estava a sentir que aquela era última das milhares de vezes que por ali estive. 
Nunca mais cá virei
Passear em tuas ruas,
Mas sempre te direi
Que vou ter saudades tuas
Ao fim da tarde depois de um belo repasto em que os companheiros estavam mais interessados em conversar, foram as despedidas sempre dolorosas.



Texto de:












(Oficial Superior da FAP)